sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Lealdade Feminina


Durante a Idade Média, no ano de 1141, na Alemanha, Wolf, o Duque da Bavária estava cercado em seu castelo pelos exércitos de Frederick, Duque da Suábia, e de seu irmão Konrad.
O cerco vinha de muito tempo, e Wolf sabia que a rendição era inevitável. Mensageiros iam e vinham, levando propostas de acordo, condições e decisões.
Derrotados, Wolf e seus aliados estavam dispostos a entregar o castelo ao pior inimigo.
Mas as mulheres desses homens não estavam nem um pouco preparadas para a derrota.
Enviaram uma mensagem a Konrad, irmão do duque inimigo, pedindo a promessa de salvo-conduto para todas as mulheres das cercanias do castelo e permissão para que elas levassem todos os bens que pudessem carregar.
A permissão foi concedida e os portões do castelo se abriram.
As mulheres foram saindo, levando consigo estranha carga.
Não traziam ouro ou jóias. Cada uma vinha curvada sob o peso do marido, na esperança de salvá-lo da vingança dos inimigos vitoriosos.
Dizem que Konrad, bom e piedoso de fato, comoveu-se até às lágrimas diante daquela atitude extraordinária.
Apressou-se em garantir a liberdade às mulheres e segurança aos maridos.
Convidou a todos para um grande banquete e fez um acordo de paz com o duque da Bavária em termos mais favoráveis que o esperado.
Desde então o monte onde estava situado o castelo passou a ser chamado de "lealdade feminina".
As mulheres, desconhecendo a força de que são portadoras, muitas vezes saem a campo para disputar forças com os homens.
Desconhecem que, no dia em que quiserem, mudarão o mundo.
À mulher cabe uma importante quota de contribuição com a obra de Deus, oferecendo a sua sensibilidade e a sua inteligência em favor da vida, uma vez que cabe a ela o conduzimento dos homens, dando-lhes as primeiras noções de vida.
Assim, se estas mulheres resolvessem mudar a sociedade, bastaria tomar as mãos do homem, ainda criança, e fazer dele um homem justo, um homem de bem.
Mas para que isso aconteça, é preciso que todos, homens e mulheres tomem consciência da sua missão na face da terra, que está muito além da disputa de forças e de conquistas de bens materiais.
Um dia, um casal discutia sobre os problemas domésticos. Em determinado momento estavam disputando quem representava o cabeça do casal. Isso era quando ainda existia na legislação brasileira esse papel.
Após alguns argumentos, a mulher falou com muita sabedoria: de fato você é o cabeça perante a lei, mas eu sou o pescoço, e se eu amanhecer com torcicolo você estará com dificuldades, pois perderá totalmente os movimentos.
Todos riram e o assunto ficou encerrado.
***
Todos nós, homens e mulheres, somos filhos de Deus criados para a perfeição.
Se temos que disputar alguma posição, que seja a de mais servir ao criador com coragem e disposição.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história adaptada do Livro das Virtudes II, pág. 460 e no cap. 13 do livro Vereda Familiar, ed. Fráter Livros Espíritas.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mais um pouco


Mais um Pouco

Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio nos poupará enormes desgostos.
*
Quando fores tentado a examinar as consciências alheias, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência nos livrará de muitas complicações.
*
Quando o desânimo impuser a paralisação de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-nos-á bênção de luz.
*
Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o entendimento mais um pouco e não sofreremos o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.
*
Quando a lição oferecer dificuldades à tua mente, compelindo-te à desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será clara resposta à nossa expectativa.
*
Quando a ideia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-nos-á alegria perene.
*
Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao nosso campo de ação.
*
Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue auxiliando aos outros, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.
*
Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco mais de paciência, amor, renúncia e boa vontade, em favor de teu próprio bem-estar.
*
O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte do aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco.
* * *


André Luiz/Francisco Cândido Xavier. Em: Apostilas da Vida.