quarta-feira, 26 de maio de 2010

Busca da felicidade

Eu penso que a busca da felicidade começa nas pequenas coisas e situações, na rotina da nossa vida.
Então ela tem origem nas conquistas que fazemos entre e com os nossos familiares, lá na intimidade da nossa casa.
Penso também que sem a presença de Deus nas nossas vidas ela (a felicidade) não acontecerá. Ou pelo menos não acontecerá da forma como esperamos.
Por isso transcrevo uma mensagem do Espírito Meimei mostrando, de forma muito bonita e poética, as transformações que ocorrem em nossas casas quando incorporamos o hábito do Evangelho no Lar.

OÁSIS DE LUZ

Suave, suavemente, belo jorro de luz desceu da Amplidão, coroando, de todo, a casa singela.
Dir-se-ia que a construção fora atingida em segundo por fulgurosa cascata de raios luminescentes.
Inflamara-se o teto de láurea rutilante.
As paredes coloridas por luminárias ocultas faziam-se transparentes, despedindo bonançosas centelhas.
De janelas e portas, fluíram de inesperado, caudais de bênçãos, qual se o ambiente interior estivesse inundado de nutriente energia.
Chama blandiciosa dissolviam as sombras, desabotoando prematura alvorada em meio às trevas noturnas e o firmamento, nos cimos parecia cálida, umbela deitando flores argenteadas sobre o anônimo ninho humano, que passara da condição de apagado recinto à ilha refulgente de alvenaria.
Os insetos da noite ciciaram com mais brandura, cães das proximidades aplacaram ladridos e os habitantes de residências vizinhas experimentaram sem perceber a intangível presença de paz profunda.
Contudo, na intimidade doméstica, acentuava-se, deslumbrante, o painel festivo, qual se varinha mágica fizesse nascer de pessoas e cousas, balsâmicas radiações de entendimento e simpatia.
Trajara-se a sala modesta de surpreendente grandeza, convertida em deleites remanso por banho lustral de amor puro que fixava sorrisos musicais de bondade em cada fisionomia.
Halos fulgurantes revestiram todas as formas alindando-lhes os traços e as cores sob o poder de ignoto cinzel.
Auréolas de esplendor tocaram os moradores, lágrimas de jubilosa esperança tremularam, furtivas, em olhos alumiados de reconforto, rostos brilharam confiantes, impregnaram-se as frontes de lume tênue, palavras ressoaram mais ternas, tonificaram-se corações em novos haustos de força e alcandorou-se a emoção a eminências desconhecidas, em transportes de irresistível candura.
Na esteira de luz em torno, transeuntes do Espaço respiraram felizes, enquanto, não longe, menestréis da Vida Maior, vocalizaram canções de bom ânimo para todo o grupo de intenso brilho.
A transfiguração arrebatadora e imprevista era Jesus, o conviva celeste em visita à casa humilde: instalara-se ali, o culto santificante do Evangelho.

Meimei (Psicografia de Francisco Cândido Xavier)
Do livro: Ideal Espírita

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