segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Para refletir 2

"Ao deixarmos que todas as cores da vida penetrem em nós, tornamo-nos mais integrados" OSHO

"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento." Osho

"Devemos nos libertar com a ajuda de nossa mente...para aquele que dominou a mente, ela é o melhor dos amigos; mas, para aquele que não conseguiu, é o pior dos inimigos. " Bhagavad Gita

"Não é necessário sair de casa. Permaneça em sua mesa e ouça. Não apenas ouça, mas espere. Não apenas espere, mas fique sozinho em silêncio. Então o mundo se apresentará desmascarado. Em êxtase, se dobrará sobre aos seus pés" Franz Kaftka

"Quando vires um lindo por do sol, pensa contigo mesmo: "É Deus pintando o céu". Ao fitar o rosto de cada pessoa que encontrares pensa interiormente: "É Deus que assumiu esta forma". Aplica esta linha de pensamento a todas as experiências: "O sangue no meu corpo é Deus, a razão na minha mente é Deus, o amor em meu coração é Deus, tudo o que existe é Deus". Paramahansa Yogananda

O Aguadeiro Indiano


O Aguadeiro Indiano


A querida Mentora Joanna de Ângelis apresentou a Divaldo um Espírito Tibetano que, oportunamente, através da sua mediunidade, narrou-lhe uma lenda muito bonita que sugerimos o título acima.

Vamos recontá-la com todo carinho e gratidão, pois esta lenda, recebida por Divaldo, além de enriquecedora oferece-nos momentos saudáveis de reflexão.

Nas manhãs ensolaradas da Índia, um jovem aguadeiro transportava dois jarros de barro presos nas extremidades de uma vara. Diariamente dirigia-se à uma bela fonte de onde minava água pura e leve que brilhava como cristal.

Depois de repletar os vasos com preciosa linfa, o rapaz levava-a para o seu amo. Passado alguns anos, sempre na mesma lida, um dos jarros trincara-se, dificultando o trabalho do aguadeiro...


Agora ele chegava à casa de seu senhor apenas com um jarro e meio de água, pois na caminhada o vaso trincado deixava vazar metade do precioso líquido.


Mesmo assim, o nosso jovem continuou trabalhando com os mesmos cântaros e com o mesmo bom ânimo.

Ia e vinha com muita alegria, cantando à luz do Sol.

Para o aguadeiro, o céu azul, as árvores, os pássaros e a fonte cantante constituíam belo cenário, impulsionando-o a viver e a amar a vida.


Um dia, o vaso rachado ficou com pena do aguadeiro e lhe sugeriu: - Por quê você continua trabalhando comigo? Estou trincado e velho, e você ao levar apenas metade do volume da água poderá desagradar seu amo. Deixe-me de lado e trabalhe apenas com um jarro, fazendo duas viagens para completar o volume desejado. Você pode me perdoar?

O rapaz, sorrindo, explicou-lhe: - Há um engano! Eu jamais me queixei por você apresentar uma rachadura. Pelo contrário, eu sempre o abençôo. Quando percebi que você estava trincado e derramava a água preciosa, umedecendo as terras férteis por onde eu passava, consegui várias espécimes de sementes de flores das mais variadas cores e perfumes, e espalhei-as em derredor, abençoando-as com a água que você derramava.


“Veja! O outro lado, o do vaso perfeito, continua seco, danificado, sem vida. Porém, no seu lado, no lugar da terra árida, ressequida, brotaram centenas de flores de todas as cores que alegram o ambiente perfumando a vida. As borboletas, os beija-flores, vem brincar em suas pétalas macias”.

E para que servem essas flores, se você não pode levar água ao seu senhor?” Indagou o jarro ainda incrédulo.

- Todas as manhãs preparo um belo ramalhete com essas flores e decoro a mesa do meu senhor. Ele fica tão feliz, que abre um largo sorriso para recebê-las, bem como o meu carinho.

“Se você não estivesse trincado, não teríamos o solo umedecido, a beleza e o perfume das flores para oferecer ao meu amo”.

Vamos trazer o feliz comentário de Divaldo acerca da bela fábula:

- Nessa estória tenho uma proposta filosófico-psicológica muito boa.

Em nossas imperfeições, temos também nosso meio de sobrevivência. Não há ninguém que seja tão perfeito, tão especialmente hígido em sua estrutura que não apresente uma rachadura, alguma debilidade. Mas se essa debilidade for canalizada de maneira edificante, ela reverdecerá o jardim de nossa existência e colocará flores e beleza.

Eis porque estamos na terra, para que as nossas imperfeições colaborem com o nosso auto-aprimoramento.