terça-feira, 31 de maio de 2011

O valor do sorriso



O VALOR DO SORRISO

André Luiz

Senhor, não permita jamais que eu me esqueça de sorrir com o coração - e sorrir
muito, todos os dias!
Quando raiar o sol e meus olhos se abrirem para a vida, que o sorríso seja a meu
primeiro louvor, agradecendo o novo dia que amanhece!...
Em meu lar, que seja ele o precursor da palavra serena e do diálogo amistoso,
para que meus familiares, assim como eu, possam iniciar o seu dia entre as
melhores vibrações de paz e bom ânimo!
Sem a claridade do riso, tudo é mais triste, sombrio!...
Sem a bênção da alegria, os semblantes são frios e as palavras rudes, qual que
imensa desolação envolvesse a todos, negando-lhes desenvoltura e euforia -
acompanhantes obrigatórios das determinações felizes!...
Sorrir alivia o coração e desafoga a alma, recolocando harmonia e pacificação no
lugar da irritação e do mau humor. Trazer a luz do sorriso no rosto é iluminar
estradas e transeuntes, fazendo de seu portador um pequenino imã a atrair
simpatia e cooperação...
Aquele que sorri sinaliza o Bem, aonde quer que esteja.
Abençoa-me hoje, Senhor, e faz de mim um foco de alegria a espargir o melhor aos
meus companheiros de estrada, para que amanhã, quando eu estiver triste e
desanimado, o sorriso que eu despertei nos outros possa ser o remédio salutar
que me trará de volta a vontade viver e lutar, porque o sorriso é assim como um
raio de luz: embora pequeno transpassa todas as sombras, e onde toca sempre
produz calor, alegria e refazimento...
Assim seja!

Sathya Sai Baba

"Cada um deve prosseguir a partir do lugar onde está, em seu próprio ritmo e de acordo com sua própria luz. Mas se cada um tiver tido um relance da Realidade Átmica, a fonte da qual se emergiu e a meta na qual deve fundir-se, cedo ou tarde, então todos alcançarão a meta da jornada. Uma vez que esse relance tenha sido recebido, por graça Divina, a fascinação pelo corpo e pelos sentidos que o dominam, e o mundo que alimenta os sentidos irão, todos, tornar-se sem sentido e desaparecer. O ser humano, então, ao invés do apego ao corpo (Deha-bhranti) que agora o atormenta, terá a aspiração de conhecer e fixar-se no Divino (Dehi) que habita o interior."

Sathya Sai Baba


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“Amor como pensamento é Verdade. Amor como ação é Retidão. Amor como sentimento é Paz. Amor como compreensão é Não-violência.”

Sathya Sai Baba

Para refletir

"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.”

Mário Quintana

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"Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas. Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros."

Drummond de Andrade

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"Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém, nem jamais lhe puseram rédeas nem sela, apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo, uma doçura primeira de quem não tem medo......"


Clarice Lispector

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AMOR POR CLARICE LISPECTOR E MÁRIO QUINTANA

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

Clarice Lispector

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"Amar não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser."


Mário Quintana

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"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia, o próprio vento..."


Mário Quintana

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A afabilidade e a doçura



A afabilidade e a doçura

Lázaro (Paris – 1893)

A doutrina de Jesus ensina sempre a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair. O poltrão não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi à encarnação dessas virtudes desprezadas pela antiguidade materialista. Chegou no momento em que a sociedade romana perecia nas fraquezas da corrupção, e vieram fazer brilhar, no seio da humanidade abatida, os triunfos do sacrifício e da renúncia à sensualidade.
Cada época é assim marcada pelo cunho da virtude ou do vício que a devem salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual, seu vício é a indiferença moral. Digo somente atividade, porque o gênio se eleva de súbito e descobre de relance os horizontes que a multidão só verá depois dele, enquanto a atividade é a reunião dos esforços de todos, para atingir um alvo menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos ao impulso que vimos dar aos vossos Espíritos. Obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Infeliz do Espírito preguiçoso, daquele que fecha o seu entendimento! Infeliz, porque nós, que somos os guias da humanidade em marcha, o chicotearemos, e forçaremos a sua vontade rebelde, com o duplo esforço do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas bem-aventurados os que são mansos, porque darão ouvidos dóceis aos ensinamentos.


O Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. 9 – Item 3

Canção do amor que chegou

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente umvazio sem fim
Se encheria de cores assim
Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim.


Vinícius de Moraes

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hoje

Houve um tempo que eu acreditei gostar de ler biografias por influência da escola. Mas o tempo passou e eu conservo ainda um gosto especial por este tipo de leitura.
Quando eu li pela primeira vez sobre a vida de Vincent Van Gogh eu me peguei torcendo para que ele não se suicidasse, e ao final da leitura me peguei frustrada, pois este foi o tráfico fim de um grande artista.
Este fato me marcou bastante e desde então tenho procurado compreender a vida, sua finalidade, o objetivo real que faz cada ser, cada individualidade tão diferente um do outro e ao mesmo tempo tão semelhantes, vencer, ter sucesso, sofrer, se alegrar, ganhar, perder e ao final de um tempo interrompido seja de que natureza for tudo se apagar e ficar uma história para a humanidade conhecer ou para apenas uns poucos ou ainda para apenas o que viveu a história.
Venho, desde essa época tentando encontrar respostas e cheguei a conclusão que o que eu buscava mesmo era a minha história.
Desde então, tenho mergulhado num universo desconhecido que me mostra quão conhecido ele é. Entre perdas e ganhos tenho encontrado alguém que pode amar, e ser amado; que pode servir e que ainda deseja ser servido; que pode perdoar, mas ainda deseja ser perdoado; que tem alma livre, mas que tem, ainda, asas pequenas para alçar vôo ao encontro do seu destino maior.
Assim, tenho tentado todos os dias, fortalecer e fazer crescer as asas do meu espírito através do autoconhecimento, descobrindo minhas aptidões, aparando arestas, promovendo um recomeço para um novo fim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sobre o matrimônio

"Dois seres, em se unindo no casamento, não estão unicamente chamados ao rendimento possível da família humana e ao progresso das boas obras a que se dediquem, mas também e principalmente e muito ao amparo mútuo."

Cândido Xaxier

domingo, 22 de maio de 2011




Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,

Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,

Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda

terça-feira, 17 de maio de 2011

Princípios Básicos da Doutrina Espírita

"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprendem a ler e não leem".

(Mário Quintana)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poema da Prosperidade

Poema da prosperidade

Nem a tristeza, nem a desilusão
Nem a incerteza, nem a solidão
NADA ME IMPEDIRÁ DE SORRIR.

Nem o medo, nem a depressão,
Por mais que sofre meu coração,
NADA ME IMPEDIRÁ DE SONHAR.

Nem o desespero, nem a descrença,
Muito menos o ódio ou alguma ofensa,
NADA ME IMPEDIRÁ DE VIVER.

Em meio as trevas, entre os espinhos,
Nas tempestades e nos descaminhos,
NADA ME IMPEDIRÁ DE CRER EM DEUS.

Mesmo errando e aprendendo,
Tudo me será favorável,
Para que eu possa sempre evoluir
Preservar, servir, cantar,
Agradecer, perdoar, recomeçar...

QUERO VIVER O DIA DE HOJE
COMO SE FOSSE O PRIMEIRO,
COMO SE FOSSE O ÚLTIMO,
COMO SE FOSSE O ÚNICO.

Quero viver o momento de agora
Como se ainda fosse cedo,
Como se nunca fosse tarde.

Quero manter o otimismo,
Conservar o equilíbrio,
Fortalecer a minha esperança,
Recompor minhas energias,
Para prosperar na minha missão
E viver alegre todos os dias.

Quero caminhar na certeza de chegar,
Quero lutar na certeza de vencer,
Quero buscar na certeza de alcançar,
Quero saber esperar
Para poder realizar os ideais do meu ser.

ENFIM,
Quero dar o máximo de mim,
para viver intensamente e maravilhosamente
TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Momentos com Chico Xavier



Deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que corresponde. Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar.
Não solicita do regato, improvisada integração com o mar que o espera. Dá-lhe caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha.



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O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.


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Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter. O Espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.

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Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser.



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Acreditamos que o criador nos fez ricos a todos, sem exceção, porque a riqueza autêntica, a nosso ver, procede do trabalho e todos nós de uma forma ou de outra, podemos trabalhar e servir.



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Chico Xavier
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo,
não precisa temer o resultado de cem batalhas.
Se você se conhece mas não conhece o inimigo,
para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota.
Se você não conhece nem o inimigo e nem a si mesmo,
perderá todas as batalhas.


General Sun Tzu - Livro A Arte da Guerra

terça-feira, 10 de maio de 2011

O dever



O Dever


Lázaro
Paris, 1863


O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui somente do dever moral, e não do que se refere às profissões.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra freqüentemente impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.
Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.
O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma das etapas superiores da humanidade. A obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos.



(O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 7.)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Melancolia

"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus." (Mateus, V: 5, 6 e 10).




A Melancolia


Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, se cansa em vãos esforços para escapar. E, vendo que esses esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência, com a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam, tornando-vos infelizes.
Acreditai no que vos digo e resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo. Agora, que Deus vos envia os seus Espíritos, para vos instruírem sobre a felicidade que vos está reservada, esperai pacientemente o anjo da libertação, que vos ajudará a romper os laços que mantém cativo o vosso Espírito. Pensai que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo devotamento à família, seja no cumprimento dos diversos deveres que Deus vos confiou.
E se, no curso dessa prova, no cumprimento de vossa tarefa, virdes tombarem sobre vós os cuidados, as inquietações e os pesares, sede fortes e corajosos para os suportar. Enfrentai-os decisivamente, pois são de curta duração e devem conduzir-vos junto aos amigos que chorais, que se alegrarão com a vossa chegada e vos estenderão os braços, para vos conduzirem a um lugar onde não têm acesso às amarguras terrenas.


Francois de Genéve - Bordeaux

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. V

Sinto Saudades

SINTO SAUDADES
Por Clarice Lispector

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades.
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro.
Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!

De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre.
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive, mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente como só os cães são capazes de fazer.
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar.
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade...
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde ... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi.
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês ... mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria espontaneamente quando estamos desesperados... para contar dinheiro... fazer amor ...declarar sentimentos fortes ... seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples “I miss you” ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Saber Viver


Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Além do Horizonte




Além do Horizonte deve ter
Algum lugar bonito
Prá viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...
Lá nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Fazer amor na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...
Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...
Bronzear o corpo
Todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida
Sem frescura...
porque você vem comigo
tudo isso existe lá
no horizonte esperando
por nós dois
porque você vem comigo
tudo isso tem valor
de que vale o paraíso
sem amor
Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Prá gente se amar...
Se você não vem comigo
Tudo isso vai ficar
No Horizonte
Esperando por nós dois...
Se você não vem comigo
Nada disso tem valor
De que vale um paraíso
com Amor...

Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Prá gente se amar...

(Erasmo e Roberto Carlos)

Para pensar

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança, do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!

Fernando Sabino