sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tagore - Outra vez


Eu sei que só as lutas do ideal da verdade são legítimas.
Fiz-me timoneiro do meu barco para bem conduzir o destino e navego pelo mar da ilusão.
As tempestades vencidas me trouxeram cansaço e as distâncias conquistadas me enriqueceram de tédio.
Agora, sentindo a minha desdita, tomas em tuas mãos o meu leme e me pedes para confiar.
O que eu deveria ter feito, tu o farás num momento. Tu apagas a minha lâmpada de luz bruxuleante e acendes o teu sol de imortalidade sobre o meu corpo que tomba inerte. Esta viagem será de curso rápido e duração sem limite pelo novo oceano por onde me conduzes, meu amo, minha verdade eterna, e eu me acalmo feliz.

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