Ano novo. Vida nova?

Eu guardei, por muito tempo no meu coração, uma expectativa enorme de encontrar ou reencontrar o móvel que anima a minha vida. Até há pouco tempo eu achava que isso podia se definir como ansiedade, pressa de viver ou outro nome qualquer que definisse viver no futuro abdicando o presente e esquecendo o passado. Mas a maturidade, esse presente que a vida nos dá, me faz ver que o móvel que anima a minha vida, está nela, faz parte dela me proporcionando alegria, calma no meu coração, certeza que o tempo bom é agora mesmo, do jeito que está. É certo que esse dedinho de melancolia que se expressa nos meus hábitos, no meu jeito de ser (e que não tenho como pessimismo ou que tal, pois sou uma pessoa cheia de esperança, de certeza, de alegria, então otimista), não é outra coisa senão a minha vontade de poder expressar ou viver da forma que entendo ser a minha forma de viver. Espero o dia que a vida me liberte dos compromissos assumidos para que eu possa assumir a minha alma de artista que sei: ela é. De modo que o ano começa de novo, a vida se renova para se transformar mais bela e mais cheia de oportunidades. Gosto desse dinamismo, gosto dessa coisa de findar um ciclo e começar outro. Gosto da renovação. Gosto de começar de novo. Então a vida é nova sim, uma vida que nasce agora e que espero completar 365 dias de muita beleza, de muita alegria e realização diária daquilo que começarei a cada alvorecer.