quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Minha vida é assim...

Minha vida é assim.
Brinco de esconde-esconde.
Conto até cem, abro os olhos, cadê?
Procuro, procuro e não acho. Não me acho.
Às vezes dou sorte e encontro um pedaço meu perdido, uma frase atrás do muro.
Mas a verdade inteira, quem sou, com todas as letras, palavras e sentidos, parece estar sempre a frente. A um palmo do meu nariz.
E eu me atrevo.
Corro, tropeço, me aventuro e vou.
Conto até cem (posso ir?), quero me descobrir por aí.
Quem é aquela embaixo da cama, sou eu?
Quem é aquela, atrás do armário, com um pedaço revelado para poder ser encontrada? Sou eu? Sim. Sou eu.
Às vezes dou de cara comigo, levo susto, chego a não acreditar.
Às vezes - como por encanto - me encanto.
E existem horas que só vejo sombras, vazios, interrogações. São meus mergulhos fora de foco. Miopia emocional? Traga-me os óculos, por favor.
Eu não quero perder nenhum pedaço meu. Eu não quero deixar de me encontrar por medo. Eu quero descobrir o que há de melhor e pior em mim, minhas verdades, meus silêncios e me amar e me aceitar por inteiro.
Quero me encontrar para me perder.
Brincadeira que nunca acaba.


Recebi por e-mail; desconheço o autor.
Se alguém souber, me conte.

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