quinta-feira, 31 de março de 2011
Atritos - Roberto Crema
terça-feira, 29 de março de 2011
Abro mão - Pablo Neruda
Sobre o amor
O amor
(Roberto Crema)
segunda-feira, 28 de março de 2011
O Princípio Inteligente
quinta-feira, 24 de março de 2011
O bem
terça-feira, 22 de março de 2011
Fragmentos de Clarice
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita,
prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade. T
em o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
"A vida é igual em toda a parte
e o que é necessário
é a gente ser a gente."
" Às vezes eletrizo-me ao ver bicho.
Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim:
parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho.
E confundo-me toda.
Fico ao que parece com medo de encarar instintos abafados
que diante do bicho sou obrigada a assumir.
Não humanizo bicho porque é ofensa
- há que respeitar-lhe a natureza -
eu é que me animalizo.
Não é difícil e vem simplesmente.
É só não lutar contra e é só entregar-se.
Nada existe de mais difícil do que entregar-se ao instante.
Esta dificuldade é dor humana.
É nossa! "
"....Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. ...
O que eu era antes, não me era bom.
Mas era desse não-bom que eu havia criado um bem futuro...
Terei que correr o sagrado risco do acaso.
E substituirei o destino pela probabilidade.
Mas enquanto eu estava presa, estava contente?
ou havia, e havia, aquela coisa sonsa e inquieta em minha feliz rotina de prisioneira?"
"Tenho várias caras.
Uma é quase bonita, outra é quase feia.
Sou um o quê?
Um quase tudo".
"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo o entendimento"
"Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação:quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
"Eu, alquimista de mim mesmo.
Sou um homem que se devora?
Não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos meus modos de existir.
Vivo de esboços não acabados e vacilantes.
Mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.
Vivo em escuridão da alma, e o coração pulsando, sôfrego pelas futuras batidas que não podem parar".
"Eu não tenho enredo de vida?
sou inopinadamente fragmentária.
Sou aos poucos. Minha história é viver.
E não tenho medo do fracasso.
Que o fracasso me aniquile,quero a glória de cair."
"Gosto dos venenos mais lentos!
Das bebidas mais fortes!
Das drogas mais poderosas!
Dos cafés mais amargos!
Tenho um apetite voraz.
E os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí? Eu adoro voar!"
"Eu sou uma pergunta de certo.
Uma pergunta que não deseja ser respondida.
Que também não se contenta com as respostas porque acha tudo um tanto quanto relativo.
Meus braços são por demais pequenos para o mundo que eu quero abraçar.
E meu coração é por demais tortuoso para não causar espanto.
Quero tudo!
Agora!"
Clarice Lispector
Frases para refletir
Ser inovador é agir com base em suas idéias.
Rolf Smith
mas ficar só em palavras leva à pobreza.
****
Deus às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender o valor do despertar.
Fernando Pessoa
Porque te esquecerás do cansaço,
e lembrar-te-ás dele como das águas que já passaram.
****
Sorte é o que acontece quando a preparação
encontra a oportunidade.
Elmer Letterman
O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice;
tu sustentas a minha sorte.
****
Quando você é bom para com os outros,
é melhor para com você mesmo.
Benjamin Franklin
O que no seu coração comete deslize,
se enfada dos seus caminhos,
mas o homem bom fica satisfeito com o seu proceder.
chama-se retidão.
Manifesta-se no amor à verdade e dá
uma grande beleza e fortaleza ao caráter.
Juan Luis Lorda
Porque o Senhor Deus é um sol e escudo;
o Senhor dará graça e glória;
não retirará bem algum aos que andam na retidão.
o perdão é característica do forte.
Mahatma Gandhi
A este dão testemunho todos os profetas,
de que todos os que nele crêem receberão
o perdão dos pecados pelo seu nome.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Espíritas, amai-vos...
Além do arco e flecha, que todos conhecemos, Cupido também carregava uma tocha, e o seu trabalho era produzir vida e alegria nas pessoas que ele alcançava e atingia.
Esta é uma interpretação da mitologia grega, que tenta interpretar e entender o Amor, no que ele tem de mais profundo.
Podemos também, por nossa vez, chegar a algumas conclusões, e a primeira delas é que o Amor é ativo, pois que "alcança e atingi" as pessoas. É o trabalho de busca às pessoas. E todo trabalho produz resultados, mais "vida e alegria".
A outra referência que podemos tirar de Cupido é a tocha. Ferramenta do amor, ela ilumina os caminhos e as pessoas com as quais se aproxima e convive.
Por comparação imediata, se as ações por nós perpetradas não dão as pessoas mais vida e alegria, mais claridade para seus espíritos, é sinal que ainda não atingimos a plenitude do Amor.
Embora tenhamos o referencial apresentado por Nosso Senhor Jesus Cristo, "Não há provas de amor maior, do que dar alguém a sua vida pelos seus amigos", ainda não compreendemos que amor é dar, e não receber.
E este é o primeiro problema que o extraordinário psicólogo humanista Erich Fromm diz que temos que resolver. Nós preferimos amar ou sermos amados? Nós reclamamos que não amamos ou que não nos amam? Fácil concluirmos que preferimos ser amados, e até exigimos isso.
Lembremo-nos de Santo Agostinho, "coloque-se no lugar daquele que recebeu o que você fez", e então teremos um referencial do nosso amor. Não é fácil sermos amados generalizadamente. Ainda somos muito imperfeitos, ou seja, orgulhosos e egoístas. Não pensamos em dar, e sim receber.
O segundo problema apresentado por Erich Fromm é o da escolha. Nós escolhemos quem vamos amar, ou a quem vamos manter o nosso amor. E é fácil comprovarmos essa afirmativa. Quem é mais fácil de se amar, um "Chico Xavier" ou um "Osama". E não necessariamente precise ser esse que pensamos de imediato, mesmo porque existem muitos com esse nome. Nós gostamos e amamos os que não dão trabalho, não nos ferem e não nos magoam, na maior parte das vezes. Talvez só as mães e uns poucos amam nessas condições.
Lembremo-nos de Jesus, "perdoai-os, não sabem o que fazem". Se levarmos em conta a Lei de Ação e Reação, aquele que vive hoje em sofrimento mais facilmente nos leva à compaixão e solidariedade, mas está resgatando débitos, portanto feriu, então por que não nos anteciparmos nesses sentimentos, e passarmos a amá-los enquanto no erro. A Codificação nos diz que "somos iguais diante de Deus e estamos todos buscando o mesmo objetivo, e sujeito às mesmas leis", e isso significa que aquele que fere terá, necessariamente, que resgatar suas dívidas, portanto terá sofrimentos. Aí deve entrar a compaixão, no mínimo em forma de oração.
O terceiro e último problema a ser resolvido é a escolha entre paixão e amor. Confundimos muito um com o outro. A paixão não nos deixa ver os defeitos, os vícios e as mazelas do objeto do nosso amor. E quando o fogo se acalma, passamos a notar os defeitos, e é nessa hora que Fromm nos diz que o amor deve ser desenvolvido. Todos temos defeitos e ainda problemáticos, e portanto devemos compreender que mesmo com defeitos as pessoas tem virtudes, e é nelas que devemos nos ater. Em vez da crítica e anotações menos felizes, o elogio, o incentivo, o apoio devem se fazer presentes, para que as pessoas possam se sentir amadas e incentivadas à mudanças. Vão se sentir felizes, como nós nos sentimos quando valorizados. Em troca, naturalmente, vão nos dedicar sentimentos mais agradáveis. Vão querer conviver conosco, amar-nos.
Amar é definido por Jesus como Lei Maior, e seu único mandamento pessoal "amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado" também é a regra máxima, porque também está vinculada a Lei de Ação e Reação, e portanto, se quisermos receber amor, o caminho mais curto e garantido é o de dar amor. Mas não em determinadas circunstâncias e momentos, e sim por toda a vida, com exemplificou Jesus.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
C. E. Francisco Cândido Xavier
São José do Rio Preto - SP
05.02.2010.
Mãos fortes e limpas
Purifica teus olhos para que os males da peregrinação terrestre não te pertubem a mente.
Defende os ouvidos contra as sugestões da ignorância e da sombra, a fim de que a paz interior não te abandone.
Clareia e adoça tua palavra para que o teu verbo não acuse e nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade.
Conduze teu pensamento à grande compreensão do próximo, ajudando os que te cercam, tanto quanto desejes ser por eles auxiliado.
Equilibra teus pés no caminho reto sem te precipitares aos abismos que tantas vezes surgem à margem de nosa vida, induzindo-nos à queda e ao desespero.
E, desse modo, terás contigo o tesouro das mãos fortes e limpaz para abençoar e servir, conduzir e curar em nome do Senhor.
André Luiz
(Psicografia: Chico Xavier)
segunda-feira, 14 de março de 2011
Quadrilha
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade
Além da Terra, Além do Céu
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempre
amar,o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.
Carlos Drummond de Andrade
O Amor Antigo
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o amor antigo, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
O Amor
Carlos Drummond de Andrade
O anúncio
-Sr Bilac, estou querendo vender meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou um papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
- Nem penso mais nisso - disse o homem - Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!
Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros.
Valorize o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você; seu emprego, o conhecimento que você adquiriu; sua saúde; o sorriso e tudo aquilo que Deus nos proporciona diariamente em nossas vidas. (Autor desconhecido)
- - - - - -
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam,
nem segam, nem ajuntam em celeiros;
e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que elas?
Mateus 6:26
quarta-feira, 9 de março de 2011
A flor da honestidade
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir a celebração, e indagou incrédula: - Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu: - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções.
Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo. O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia.
Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu: - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: A flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um vencedor."
(Autor desconhecido)
terça-feira, 8 de março de 2011
Doce Harmonia
A melodia das cachoeiras?
Você já parou clamamente para ver o esplendor do céu?
A luz da lua?
O encanto da natureza?
Essas músicas fazem parte desse encanto; e convidam você a se encontrar com a Paz, com a serenidade e com a Meditação.
Porque você é melodia, e é parte muito importante na natureza.
Você já parou para se olhar?
Já descobriu a beleza que tem dentro de você?
Ou não?
Vive quase sempre em busca de posições, de fama, de dinheiro, tudo bem; só que isso passa...
Qual seu endereço no futuro?
Não esqueça que você é feito de beleza e faz parte desse harmonioso e maravilhoso universo.
Vocé é vida!
Você é luz!
Pare um pouco e pense nisso.
Você será, queira ou não, o resultado de suas ações.
Existe uma vida linda te esperando.
Ame, porque a luz que te criou existe no teu coração.
Nando Cordel
Doce Natureza
a natureza exuberante e maravilhosa
que existe dentro de mim;
As árvores da minha bondade
ainda não dão frutos cem por cento doces;
O rio dos meus pensamentos,
ainda não despoluiu totalmente;
A lua cheia da minha vida,
não consegue clarear indistintamente;
O mar da minha bondade,
e suas ondas gigantes ainda machucam;
A chuva da compaixão do meu verão,
ainda causam inundação;
O céu azul do meu planeta íntimo,
se veste de roxo vez em quando;
Preciso tomar providências:
apesar de ser difícil, vou à luta.
Eu quero colocar na minha noite,
lampiões e depois estrelas;
Eu quero engravidar de Amor;
voar nas asas da Sabedoria e da Caridade;
E com muita certeza no coração,
dar à luz a uma vida plena.
Nando Cordel
sexta-feira, 4 de março de 2011
Alma Gêmea
Flor de luz da minha vida
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...
Quando eu errava no mundo
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas na bênção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade,
Em sorrisos de esplendor!...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque eu sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!
Alma gêmea da minh’alma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
Hei-de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus...
Conto Chinês
Diz um conto Chinês que um jovem foi visitar um sábio conselheiro e disse a ele sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça.
O sábio o escutou, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa: -
Ame-a.
E logo se calou.
Disse o rapaz: - Mas, ainda tenho dúvidas...
- Ame-a - disse-lhe novamente o sábio.
E, diante do desconserto do jovem, depois de um breve silêncio,
disse-lhe o seguinte:
- 'Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento.
Amar é dedicação e entrega.
Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.
O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e
compreenda.
Simplesmente... ame!!!'
Porque:
A inteligência sem amor te faz perverso.
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz avarento.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz ridículo.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A vida sem AMOR... não tem sentido
Olhar
Olhar é uma coisa;
Ver o que se olha é outra;
Compreender o que se vê é uma terceira coisa;
Aprender com o que se compreende é ainda mais outra;
Mas agir segundo o que se aprende é tudo o que
realmente interessa.
Dirk Erik Wolter
Olharam para ele, e foram iluminados;
e os seus rostos não ficaram confundidos.
Salmos 34:5
quinta-feira, 3 de março de 2011
Momentos com Chico Xavier
(Do livro de Adelino da Silveira)
CASA E CAUSA
Precisamos de muito amor à Casa Espírita, mas de mais amor à Causa Espírita. Se bem que um pouco de amor à Casa ajuda a Causa. Entre a Casa e a Causa, fiquemos sempre com a Causa.
CAIXA POSTAL
Sempre me impressionou o volume de cartas e papéis colocados nos bolsos do paletó do Chico, que, de tanta correspondência, sempre estiveram muito inchados.
Confesso não saber a quem pertence a frase seguinte, mas considero-a de uma rara felicidade:
- O bolso do paletó do Chico é a caixa postal de Deus.
A Caridade Maior?
Haverá algum tipo de caridade que seja maior do que outro? Ou a caridade quando verdadeira, é sempre do mesmo nível?
As duas questões acima levam-nos a meditar sobre essa virtude que é a bandeira, escolhida por Kardec, para lema do Espiritismo: “Fora da caridade não há salvação”. Segundo o ensino do Espiritismo, a nossa prática deve ser voltada para a vivência da sublime virtude. E, para vivê-la, não podemos perder o enfoque dado pelo Apóstolo Paulo, na primeira carta aos Coríntios, quando, inspirado, cantou como ninguém, a excelência da caridade, mostrando que a caridade não se restringe ao simples dar, vai muito além pois significa doação no sentido amplo do amor em ação.
Estas modestas considerações vêm a propósito de uma frase atribuída ao Espírito Emmanuel que teria dito: “A maior caridade que praticamos, em relação a Doutrina Espírita, é a sua divulgação”. Como não vimos, ainda, a citação da fonte de origem da frase, temos procurado pelas obras ditadas pelo mentor de Chico Xavier e não temos encontrado onde o Espírito a teria grafado. Encontramos, sim, no último capítulo do livro, Estude e Viva, editado pela FEB em 1978 e de autoria dos Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier e Valdo Vieira, a seguinte assertiva: “... recordemos que o Espiritismo nos possibilita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. Vemos, pelo texto, que Emmanuel não fala em maior, mas em permanente o que é muito diferente. Assim, no permanente objetivo de divulgar a Doutrina Espírita, procuremos fidelidade aos textos, além da citação da fonte para ajudar àqueles que desejam se aprofundar na pesquisa e no Estudo do Espiritismo. Aí, sim, a caridade será plena, verdadeira, intensa, profícua. E com isso evitaremos dissabor das distorções tão comuns em todas as doutrinas.
Lembremo-nos, até do Odorico Paraguaçu, inesquecível personagem do seriado “O Bem amado”, exibido pela Rede Globo de TV. Vez por outra ele citava uma frase de efeito e a atribuía a Rui Barbosa. Questionado sobre a origem da frase, sempre arrematava dizendo: “Se Rui Barbosa não disse, deveria ter dito”.
Também nos nossos arraiais, aqui e ali, cita-se uma frase – conveniente ao raciocínio do momento – e atribui-se a esse ou àquele Espírito, o que daria respaldo a afirmativa. Por outro lado, coloca-se na boca dos médiuns, afirmativas que eles nunca fizeram, ou fizeram dentro de um contexto ou de maneira diferente. Como convém, alguns adaptam o sentido aos seus objetivos particulares.
É hora, pois, da permanente caridade da divulgação doutrinária, com zelo, honestidade, precisão, para que tenhamos a prática da virtude, tal qual recomendado pelo Espírito Emmanuel no livro e capítulo supra citados.
Felipe Salomão – Franca – SP
Afinidade
Não é o mais brilhante,
Mas é o mais sutil,
Delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência,…
Os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.
Quando há AFINIDADE,
Qualquer reencontro retoma a relação,
O diálogo, a conversa,
O afeto, no exato ponto
De onde foi interrompido.
AFINIDADE é a vitória do adivinhado sobre o real,
Do subjetivo sobre o objetivo,
Ter AFINIDADE é muito raro,
Mas quando ela existe,
não precisa de códigos
Verbais para se manifestar.
AFINIDADE é ficar longe,
Pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos.
AFINIDADE é receber o que vem
De dentro com uma
aceitação anterior ao entendimento.
AFINIDADE É SENTIR COM…
AFINIDADE é olhar e perceber…
AFINIDADE é um sentimento singular,
Discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de distância.
Arthur da Távola
Jean Yves Leloup
Jean Yves Leloup