quarta-feira, 2 de maio de 2012
A Serpente e o Sábio
A SERPENTE E
O SÁBIO
Francisco
Cândido Xavier por André Luiz
Contam as tradições populares da Índia que existia
uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá,
receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região,
mais confiado no Senhor que em si mesmo.
A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a,
porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a
ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o
sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente.
Procurou os lugares habitados pelo homem, como
desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas,
desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão
absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se
à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada.
Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e
deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe,
então, a história amargurada.
Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as
criaturas perseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte.
Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a
perseguição, mas não te disse que evitasses assustar os maus.
Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no
mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não
mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe
os teus dentes e emitindo os teus silvos.
Marcadores:
André Luiz,
Bons textos,
Chico Xavier,
Espiritismo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário