quinta-feira, 21 de março de 2013

Canto XLIII - Estesia

A taça da minha vida transborda de júbilo, desde quando rociei os teus pés cansados com as minhas mãos frias de emoção.
O prazer de haver-te acariciado envolveu as minhas mãos em luvas de ternura infinita.
Esse contato desatou a cascata das minhas alegrias, e os rios cantores se alongaram pelas terras ardentes e as embriagaram da esperança que trouxeste a mim.
As mãos invisíveis da memória tecem um manto de recordações e me envolvo nele, sabendo que em mim perdura o doce enlevo da tua ventura de poeta, cantor e rei, da minha vida.

Do Livro Estesia
Divaldo P. Franco / Rabindranath Tagore
Canto XLIII

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