sexta-feira, 8 de março de 2013

Enquanto os ventos sopram

Havia um fazendeiro que possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados para trabalhar em sua fazenda, mas a maioria das pessoas demonstrava-se pouco disposta a trabalhar em fazendas naquela região. Temiam as horrorosas tempestades que literalmente varriam as fazendas, causando estragos nas plantações e nas construções locais.
A procura por novos empregados era constante e as recusas que o fazendeiro recebia também. Certo dia, no entanto, um homem de estatura baixa, magro, de meia idade, se aproximou do fazendeiro perguntando: O senhor está procurando lavrador?
Em resposta, perguntou então o fazendeiro: Você é um bom lavrador?
Bem.....

Eu posso dormir enquanto os ventos sopram, respondeu o pequeno homem......
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, necessitado de novos empregados, contratou-o.

Ao longo dos primeiros meses o homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado desde o alvorecer até o por do sol, deixando o fazendeiro bastante satisfeito com o resultado do seu trabalho.
Então, numa noite fria, o vento uivou ruidosamente. Assustado, o fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou: Levanta! Uma tempestade está chegando muito rapidamente! Precisamos amarrar tudo para que as coisas não sejam arrastadas!
Para a surpresa do fazendeiro, o pequeno homem olhou o fazendeiro calmamente e disse com voz firme: Não Senhor! Eu lhe falei: Eu posso dormir enquanto os ventos sopram.
Enfurecido com a resposta, o fazendeiro sentiu-se tentado a despedir o pequeno homem imediatamente, porém era preciso apressar as ações naquele momento e preparar o local para a tempestade que rapidamente avançava. Trataria do empregado depois.

Porém, ao percorrer a fazenda, para o seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno estavam cobertos com lona, firmemente presa ao solo; o gado estava bem protegido no celeiro, os frangos nos viveiros e todas as portas estavam muito bem travadas, janelas bem fechadas e seguras. Tudo muito bem amarrado; nada poderia ser arrastado.

Foi então que o fazendeiro entendeu, finalmente, o que o seu empregado quis dizer.....

Retornou para sua cama e voltou a dormir tranquilamente, enquanto o vento soprava forte lá fora....
Quando nos encontramos bem preparados física e espiritualmente, não há nada a temer. Podemos continuar dormindo tranqüilos enquanto os ventos fortes sopram em nossas vidas!

Estudar Kardec, Entender Kardec e Ensinar Kardec, missão primordial da Causa Espírita.

Reflitamos.


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